Rfi Convida

  • Autor: Vários
  • Narrador: Vários
  • Editora: Podcast
  • Duração: 2:31:06
  • Mais informações

Informações:

Sinopse

Entrevistas diárias com pessoas de todas as áreas. Artistas, cientistas, professores, economistas, analistas ou personalidades políticas que vivem na França ou estão de passagem por aqui, são convidadas para falar sobre seus projetos e realizações. A conversa é filmada e o vídeo pode ser visto no nosso site.

Episódios

  • Francesa Fabienne Magnant une violão clássico brasileiro, viola caipira e flamenco em novo álbum

    03/12/2025 Duração: 08min

    “Cordas Sensíveis” é o quinto álbum da musicista e compositora francesa Fabienne Magnant. No novo álbum, lançado em novembro e disponível nas principais plataformas de streaming, ela explora os ritmos e sonoridades de suas grandes paixões: o violão clássico brasileiro, a viola caipira e a guitarra flamenca. Nas 16 faixas do disco, ela alterna composições autorais, interpretações do repertório flamenco, como Fuente y Caudal de Paco de Lucía, e vários clássicos brasileiros como Asa Branca de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e Canto de Ossanha, de Baden Powell, um de seus maiores ídolos, cujo encontro em sua primeira viagem ao Brasil, em 1993, no Rio de Janeiro, ampliou os seus horizontes musicais. “Depois de um show dele, falamos sobre os ritmos, as melodias brasileiras, o choro. Ele me mostrou caminho da música popular brasileira”, resumiu. Egberto Gismonti e o violeiro, pesquisador e compositor Ivan Villela também fazem parte de suas referências artísticas do país. “É uma música próxima do meu coração”, afir

  • Jacque Falcheti encerra um ano de mais de 200 shows com turnê intimista pela Europa

    28/11/2025 Duração: 06min

    A cantora, compositora e violonista paulista Jacque Falcheti se prepara para fechar o ano de 2025 com um marco na carreira: mais de 200 shows realizados em diversos países e continentes. Ela segue em turnê pela Europa neste fim de ano, apresentando as canções de seu sexto álbum autoral, “Crua”. No espetáculo, de formato minimalista e intimista, Jacque se conecta com o público sentada em um banquinho, soltando a voz afinada, acompanhada de seu violão. Adriana Moysés, da RFI, em Paris “É um encontro comigo mesma”, diz a artista, que transforma experiências pessoais em canções sobre solidão, amor, decepção, o ser mulher em constante movimentação. “Não consigo separar a Jacque que toma café da manhã da Jacque que está no palco. É tudo muito confessional”, explica a cantora, satisfeita com o fato de compartilhar com o público suas próprias composições. A conexão com espectadores de culturas variadas se dá pela entrega da artista, que, sentada num banquinho, solta a voz e transporta o público para seu universo de h

  • Paris Photo: editora de SP traz livros de 28 brasileiros para a maior feira de fotografia do mundo

    25/11/2025 Duração: 05min

    Entre mais de 40 editoras do mundo todo, apenas uma brasileira, a Fotô Editorial, de São Paulo, participou da sessão de livros da Paris Photo, maior feira de fotografia do mundo, que aconteceu de 14 a 16 de novembro, no Grand Palais, na capital francesa. Vinte e oito fotógrafos editados pela Fotô participaram do evento, falando de seus livros e autografando obras. Patrícia Moribe, da RFI em Paris A Fotô Editorial foi fundada em 2016, em São Paulo, por Éder Chiodetto, fotógrafo e curador, Elaine Pessoa, artista visual, e Fabiana Bruno, pesquisadora e antropóloga. A editora tem hoje, em seu catálogo, cerca de 70 títulos.   A Fotô e a Puro Chile foram as únicas representantes da América Latina durante a Paris Photo. Chiodetto conta que a seleção foi rigorosa. “Já tínhamos pleiteado duas vezes, mas agora temos um catálogo mais encorpado, e que foi visto como uma grande originalidade de abordagem, tanto pelos temas que os nossos fotógrafos englobam, quanto pela riqueza dos nossos projetos gráficos, que renovam bas

  • ‘Gringa’: Bianca Costa lança álbum conectado às origens brasileiras, bossa nova e ritmos latinos

    25/11/2025 Duração: 08min

    A cantora e compositora brasileira Bianca Costa já está na estrada há alguns anos, mas só agora, aos 26, lança seu primeiro álbum completo pela Warner Music France na próxima sexta-feira, 28 de novembro. Musicalmente, “Gringa” é uma mescla de idiomas e ritmos que enfatiza as raízes multiculturais da artista nascida em Florianópolis, com família em Goiânia e Rio de Janeiro, além da vivência internacional de quem passou parte da infância em Portugal e chama Paris de lar há mais de 15 anos.  Luiza Ramos, da RFI em Paris Criado ao longo dos últimos três anos, o álbum “Gringa” combina melodias da bossa nova, trap, pop e ritmos latinos como a bachata, o reggaeton e o funk brasileiro — como no single de divulgação do projeto, “Bye Bye”, em parceria com a jovem rapper francesa de origem congolesa Merveille.  “Eu amei poder fazer essa colaboração com a Merveille, que eu acho uma cantora incrível. O álbum 'Gringa' traz esse conceito de colaborar com outras gringas, outros gringos. Ela vem do Congo e traz muito essa dup

  • Ativista destaca aumento nas denúncias de violência contra mulher e cobra mais ações dos governos

    25/11/2025 Duração: 05min

    Neste 25 de novembro, data que marca o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a presidente do grupo Femmes de la Résistance – Mulheres na Resistência, Nellma Barreto, faz uma reflexão sobre o tema e fala sobre a atuação do coletivo que coordena no apoio às vítimas de abuso na França. Tatiana Ávila, da RFI em Paris Com oito anos de atuação, o grupo Mulheres na Resistência foi criado em 2017 como um coletivo e se confirmou como uma associação em 2020. Nellma Barreto conta que já militava na luta contra a violência, mas que sentia a falta da participação de mulheres brasileiras. “Assim surgiu a ideia de criar essa associação, para dar apoio e assistência a essas mulheres vítimas de violência doméstica e em situação de precariedade”, contou ela. Nellma explica que o grupo atua em toda a França, atendendo a pedidos de socorro em todas as cidades, mas também em Portugal. A cada ano, a associação recebe entre 100 e 200 chamados. E para atendê-los, o Mulheres na Resistência tem várias pa

  • Flup: 1ª mulher negra na ABL, Ana Maria Gonçalves celebra conquista e 20 anos de 'Um defeito de cor'

    23/11/2025 Duração: 06min

    Na Flup 2025, que transforma até 30 de novembro o Viaduto de Madureira em palco de literatura, música e performance, reunindo vozes da diáspora negra do Brasil e do mundo, Ana Maria Gonçalves conversou com a RFI. A mineira, autora de Um defeito de cor e primeira mulher negra a integrar a Academia Brasileira de Letras, avaliou sua conquista histórica, os desafios da representatividade e os 20 anos da obra que a consagrou. Ana Maria Gonçalves chega à Flup 2025 como uma das presenças mais aguardadas da programação deste festival que, há 15 anos, celebra as literaturas ditas periféricas.  Autora de Um defeito de cor, obra já consagrada como um verdadeiro clássico da literatura afro-brasileira, ela celebra sua entrada, em julho deste ano, na Academia Brasileira de Letras, tornando-se a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na instituição. Questionada sobre como foi participar dessa "festa", depois de 128 anos de ausência feminina na vetusta instituição, Gonçalves afirmou que acha "que, ao mesmo tempo, é motiv

  • Conceição Evaristo evoca heroísmo das mulheres negras e direito inalienável da literatura na Flup

    22/11/2025 Duração: 06min

    Durante a 15ª edição da Flup (Festa Literária das Periferias), a escritora Conceição Evaristo, primeira autora viva a ser homenageada pelo festival, é presença cotidiana e inquieta nos debates e mesas internacionais. Presente em quase todas as atividades da programação, Evaristo, que completa 79 anos em 29 de novembro, reafirmou à RFI sua "escrevivência" como legado às novas gerações, transformando memória em poesia e resistência no coração do bairro de Madureira, território histórico da cultura negra carioca. Márcia Bechara, enviada especial da RFI ao Rio de Janeiro O viaduto de Madureira, território que há mais de três décadas abriga o histórico Baile Charme — patrimônio cultural e símbolo da resistência negra carioca — tornou-se também palco da palavra escrita. Nesse espaço de memória e celebração, a escritora Conceição Evaristo foi homenageada pela Flup como a primeira autora viva a receber a distinção. Em meio ao público, celebrou sua trajetória e refletiu sobre o significado desse reconhecimento: "Para

  • 2° Salão do Livro Lusófono celebra em Paris os 50 anos de independência de países africanos

    21/11/2025 Duração: 05min

    Paris será neste sábado (22) o ponto de encontro da literatura em língua portuguesa. O 2° Salão do Livro Lusófono, organizado pela União Europeia dos Escritores de Língua Portuguesa (UEELP), vai celebrar a produção literária e marcar uma data histórica: os 50 anos da independência de vários países lusófonos da África. Autores, editores e leitores também vão debater durante um dia temas diversos que vão desde a identidade e a memória até o futuro da lusofonia. Tema principal desta segunda edição, os 50 anos de independência de vários países lusófonos do continente africano vão permitir a troca de experiência com diversos escritores de países que conquistaram a independência de Portugal como Angola, Moçambique e Cabo Verde. “Vamos realizar essa homenagem. Nós vamos ter uma videoconferência durante o salão com diversos autores, entre eles, a poetisa e escritora angolana Ana Paula Tavares que recebeu o prêmio Camões neste ano. Vamos ter Vera Duarte, de Cabo Verde, Aguinaldo Bata, de Moçambique, João Melo, de Ango

  • 'Terrorismo é violência com fins políticos', diz pesquisador brasileiro 10 anos após atentados de Paris

    15/11/2025 Duração: 06min

    Dez anos após os atentados mais violentos da história recente da França, a ameaça jihadista continua muito elevada no país, segundo as autoridades de segurança francesas. Em entrevista à RFI, Gabriel Gama Brasilino, pesquisador convidado na Universidade Católica de Lille, explica que não se pode analisar o terrorismo sem levar em consideração o contexto histórico e político em que aconteceram os ataques. Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris O ministro do Interior, Laurent Nuñez, alertou na quinta-feira (13) que um ataque como o ocorrido em 13 de novembro de 2015 em Paris é menos provável, pois o serviço de inteligência e a cooperação das forças de ordem foram intensificados. Ao mesmo tempo, o grupo Estado Islâmico (EI), que assumiu a autoria na época, perdeu força internacionalmente. Porém, O ministro francês alertou que há pessoas no país que podem se radicalizar, principalmente entre os jovens. Esse é o tema da pesquisa de Gabriel Gama, doutorando do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federa

  • Precisamos 'sair do vício do petróleo’, diz presidente do Ibama na COP30

    14/11/2025 Duração: 05min

    País-sede da 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), o Brasil adotou transparência quanto aos seus planos de abrir novas frentes de exploração de petróleo: já no primeiro dia da Cúpula dos Líderes, o país assumiu suas contradições, ao mesmo tempo em que pautou o debate sobre o afastamento global dos combustíveis fósseis no evento em Belém. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém  O tempo dirá se a estratégia vai dar certo e, se no final de duas semanas de negociações, os 195 países conseguirão avançar no tema mais crucial para o combate ao aquecimento global. O anúncio da liberação dos testes da Petrobras na margem equatorial, a 170 quilômetros da costa amazônica, ocorreu apenas três semanas antes do início da COP. "Está todo mundo na contradição. Está todo mundo aqui pedindo um mundo diferente, pedindo hidrogênio, pedindo energia limpa, mas é um mundo que ainda queima carvão, petróleo e uma série de coisas fósseis”, afirma Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio

  • 'Foi um desvio, não uma vida interrompida', diz brasileiro que sobreviveu a atentados de 2015 em Paris

    11/11/2025 Duração: 06min

    Na semana em que a França presta homenagens às vítimas dos atentados de 13 de novembro de 2015, os mais violentos da história recente do país, a RFI conversa com sobreviventes do massacre. Naquela noite, há exatos dez anos, ataques jihadistas coordenados atingiram diversos pontos de Paris, deixando 130 mortos e cerca de 400 feridos. A data será marcada por uma cerimônia na quinta-feira (13), com a presença de convidados brasileiros que testemunharam os atentados na capital francesa. Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris No dia dos atentados, o arquiteto brasileiro Guilherme Pianca jantava com amigos no restaurante Le Petit Cambodge, um dos locais atacados pelos comandos terroristas. Ele visitava Paris pela primeira vez, graças a uma bolsa de estudos, e conta que hoje em dia tem sentimentos ambíguos em relação à cidade. “Em 2015, eu estava viajando com um amigo que foi baleado no atentado. Tínhamos visto muito pouco da cidade e havia todo um planejamento. Eu tinha uma bolsa da Pró-Reitoria da USP para pesquisa

  • “Existe uma gratidão pela vida e respeito por quem a perdeu”, diz brasileiro sobrevivente dos atentados de Paris

    10/11/2025 Duração: 06min

    Em 13 de novembro de 2015, a França viveu os atentados terroristas mais violentos de sua história recente. Ataques coordenados atingiram diversos pontos da capital: o Stade de France, a casa de espetáculos Bataclan e bares e restaurantes parisienses. O massacre deixou 130 mortos e cerca de 400 feridos. Entre os sobreviventes estava o arquiteto brasileiro Diego Mauro Muniz Ribeiro. Em entrevista à RFI, ele compartilhou como foi viver essa tragédia de perto. Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris Naquela noite, Diego celebrava com colegas de universidade no terraço de um restaurante, quando foi ferido levemente por estilhaços provocados pelos disparos dos terroristas. “Com o passar do tempo, consegui administrar e narrar os fatos com um pouco mais de tranquilidade”, conta, preferindo não descrever a cena do crime para evitar a emoção. “Eu estava fazendo uma pesquisa de mestrado, com bolsa de quatro meses na Itália, e iria passar três semanas em Paris, hospedado por um professor da USP. Naquela noite, o objetivo

  • Fotógrafo francês expõe em Paris a tradição do bate-bola, figura icônica do carnaval do RJ

    07/11/2025 Duração: 06min

    Foi a partir de pessoas que conheceu no mundo do baile funk carioca que Vincent Rosenblatt foi apresentado aos bate-bolas, personagem tradicional e misterioso do carnaval fluminense, que representa toda uma parte pouco conhecida da cultura brasileira. Os homens fantasiados com extravagantes macacões e máscaras, que andam pelas ruas assustando os foliões, fazendo barulho ao bater as bolas no chão, viraram inspiração com fotos expostas em uma galeria de Paris. Vincent Rosenblatt conheceu o Brasil em 1999, quando estudava na Escola de Belas Artes de Paris e foi ao país para um intercâmbio. Depois de nove meses, voltou à França para terminar os estudos, mas já com planos de retornar às terras brasileiras. Ao se lançar em projetos de fotografia em comunidades do Rio de Janeiro, teve um primeiro olhar sobre a cidade, tão dividida, mas de cultura tão rica. “Escrevi um projeto, ‘Olhares do morro’, um ateliê de fotografia no topo do Santa Marta, em Botafogo, que rendeu frutos, com exposições na sede da Unesco em Paris

  • Pintora modernista do Brasil é resgatada por pesquisadora em livro após décadas de invisibilidade

    05/11/2025 Duração: 06min

    A jornalista, pesquisadora e escritora Mazé Torquato Chotil, baseada em Paris, resgata a trajetória da artista plástica Lucy Citti Ferreira, brasileira de formação europeia, cuja obra transita entre São Paulo e a capital francesa. No livro Lucy Citti Ferreira: a pintora esquecida do modernismo, Mazé revela uma artista autônoma, sensível e injustamente apagada da história da arte brasileira. A artista plástica Lucy Citti Ferreira viveu entre dois mundos, o Brasil e a França, e construiu uma trajetória singular no modernismo brasileiro. Nascida em São Paulo, em maio de 1911, Lucy passou parte da infância e juventude na Europa, especialmente na França e na Itália, o que influenciou profundamente sua formação estética. Estudou nas escolas de belas-artes francesas e desenvolveu uma produção marcada pela sensibilidade, pelo rigor técnico e por um diálogo constante entre pintura e música. Apesar de sua formação sólida e da atuação no cenário artístico paulista, Lucy foi, por décadas, relegada ao esquecimento. A jorn

  • Pesquisadora lança livro sobre influência do Brasil na música francesa do século 19

    31/10/2025 Duração: 30min

    Radicada em Paris, a pianista, pesquisadora e musicóloga brasileira Zélia Chueke acaba de lançar seu quarto livro, dedicado às influências e trocas musicais entre Brasil e França no século 19. Em entrevista à RFI, ela detalha o processo de pesquisa que deu origem à obra — fruto de uma investigação minuciosa baseada em inventários históricos, que revelam conexões surpreendentes entre os dois países. A ideia da obra Quand le Brésil inspire la France (“Quando o Brasil inspira a França”, em tradução livre), publicada pela editora L’Harmattan, surgiu a partir de uma descoberta peculiar feita por Danièle Pistone, fundadora do Observatório Musical da França: uma lista de composições francesas da segunda metade do século 19 cujos títulos evocavam o Brasil. Inseridas em gêneros populares da época – como valsas e polcas – essas partituras revelaram nuances culturais que motivaram Zélia Chueke, diretora do Grupo de Pesquisa Músicas Brasileiras da Universidade Paris-Sorbonne, a desenvolver o que ela chama de “uma trama m

  • Margareth Menezes celebra 38 anos de carreira e reafirma o Afropop como linguagem viva da música brasileira

    27/10/2025 Duração: 05min

    Em pausa de suas funções como ministra da Cultura do Brasil, a cantora e compositora Margareth Menezes aproveitou as férias ministeriais para voltar aos palcos e celebrar os 38 anos de carreira. A artista, considerada a principal voz do afropop brasileiro, se apresentou em concertos na Europa. Lizzie Nassar, correspondente da RFI em Lisboa “Estar aqui em Portugal é sempre um prazer. Neste show, trago um pouco da minha história, músicas novas e referências a artistas como Gil e Caetano. É um conjunto de canções que descrevem o meu trabalho, a linguagem do afropop brasileiro e a sonoridade da Bahia”, afirma a cantora em entrevista à RFI. Mais do que um gênero, Margareth Menezes define o afropop como uma linguagem musical — uma expressão que une ancestralidade e presente. “O afropop confirma que a ancestralidade está viva. Ela interage com o agora. No Brasil, essa presença vem dos ritmos trazidos pelos africanos, que geraram uma riqueza rítmica imensa para a nossa música popular”, explica. Segundo a artista, o a

  • Maria Luiza Jobim canta Gainsbourg em Paris e prepara disco com o marido António Zambujo

    24/10/2025 Duração: 06min

    Paris foi uma das etapas da turnê europeia da cantora, compositora e produtora Maria Luiza Jobim. Filha mais nova de Tom Jobim, ela estreou nos palcos franceses em 19 de outubro na casa de shows New Morning. Com dois discos lançados, além de uma série de EPs e singles, Maria Luiza prepara um novo álbum, que terá, entre outras canções, "Go go go". Miguel Martins, da RFI em Paris Depois de lançar os discos Casa Branca (2019) e Azul (2023), Maria Luiza Jobim embarcou numa turnê por Portugal, Espanha, França e Inglaterra. Ao lado dela, o novo marido, o cantor português António Zambujo, também subiu ao palco em alguns momentos para dividir canções com a artista. Após o show no New Morning, Maria Luiza conversou com a RFI e revelou que a turnê é um prenúncio de futuros trabalhos em parceria com Zambujo. Uma das faixas que deve integrar o próximo disco da cantora é "La Javanaise", clássico do francês Serge Gainsbourg, interpretado por ela e Zambujo durante a apresentação.  Maria Luiza Jobim canta em português e em i

  • Marcelo Rubens Paiva lança tradução francesa de ‘Ainda Estou Aqui’ em Paris

    21/10/2025 Duração: 06min

    O roteirista, escritor, dramaturgo e músico Marcelo Rubens Paiva está de volta à capital francesa para lançar “Je Suis Toujours Là”, versão em francês de seu livro “Ainda Estou Aqui”, que inspirou o premiado filme de Walter Salles. A edição francesa, publicada pela Decrescenzo, se junta às traduções já lançadas na Itália, Espanha e Portugal, ampliando o alcance internacional da obra. Luiza Ramos, da RFI em Paris O lançamento acontece nesta quarta-feira (22) na Universidade Sorbonne Nouvelle, em um encontro literário organizado pelo escritor e professor de Estudos Brasileiros Leonardo Tonus. O evento contará com a leitura de trechos do livro em francês por um ator, e exemplares estarão disponíveis para venda. “Ainda Estou Aqui” é um relato autobiográfico que entrelaça memória familiar e história política, tendo como eixo o desaparecimento do deputado federal Rubens Paiva durante a ditadura brasileira. O livro homenageia Eunice Paiva, mãe do autor, ao retratar sua coragem diante da repressão, sua determinação e

  • Em álbum de peças inéditas, Maria Inês Guimarães traduz o choro para músicos de formações variadas

    20/10/2025 Duração: 05min

    A pianista, compositora e musicóloga mineira Maria Inês Guimarães, uma das fundadoras do Clube do Choro de Paris e presidente do Festival Internacional de Choro, acaba de lançar um novo álbum de partituras, com composições próprias e que propõem uma ponte entre o piano solo, a música de câmara e os grupos de choro. Adriana Moysés, da RFI em Paris A ideia do álbum surgiu da prática cotidiana de Maria Inês com seus alunos de piano e nas oficinas de música de câmara, onde o choro brasileiro é presença constante. “Eu sentia que toda semana estava escrevendo como tocar o choro. É uma transmissão oral, mas o aluno que tem conhecimento teórico queria ver escrito”, conta. Foi assim que, aos poucos, foi reunindo anotações e decidiu transformá-las em um conjunto de sete peças autorais, “escritas de uma maneira clássica para piano, mas de maneira que a pessoa toque e soe já imediatamente brasileiro”. O desafio, segundo ela, foi grande: “Colocar o choro na partitura, com interpretação, fraseado, articulação, tudo que vem

  • Atriz e dramaturga brasileira encerra turnê europeia na França com solo sobre colonização e natureza

    20/10/2025 Duração: 07min

    A atriz e performer brasileira Izabel de Barros Stuart está em Paris encerrando a turnê europeia de seu monólogo Le Sol(o) de la Canne à Sucre (O Solo da Cana), espetáculo que estreou no Brasil em 2023 e vem trilhando uma trajetória de sucesso. A peça passou por Portugal — em Porto e Lisboa — antes de chegar à capital francesa. O texto, escrito pela própria artista, parte de uma perspectiva inusitada: a cana-de-açúcar assume a palavra e narra, em primeira pessoa, sua experiência com a colonização. Izabel explica que a ideia surgiu de sua reflexão sobre a temática colonial, já profundamente entrelaçada ao seu engajamento com o ativismo ambiental. “Fiquei procurando de onde vinha a voz que eu poderia expressar esses assuntos. Qual seria o lugar de fala dessa voz?”, conta. Foi então que se deparou com a paisagem de um grande latifúndio privado de monocultura de commodities, o que a levou a escolher a cana-de-açúcar como protagonista. A escolha não foi aleatória. Segundo Izabel, a cana é uma commodity extremament