Um Pulo Em Paris - Adriana Moysés E Silvano Mendes

Gravemente feridos, outro docente e um funcionário também foram esfaqueados por um ex-aluno que gritava ‘Allahu Akbar’ durante ataque em escola de ensino médio na cidade de Arras. O docente morto, de 56 anos, tentou evitar que agressor entrasse no colégio e foi golpeado no pescoço. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou ter desmantelado um segundo ataque nesta sexta-feira (13) ao deter um homem com uma faca próximo a outra instituição de ensino.

O Parlamento espanhol aprovou ontem uma legislação que estabelece a licença menstrual para mulheres que sofrem com ciclos dolorosos e incapacitantes para o trabalho. O projeto reverberou na França, apesar de nunca ter havido uma discussão política no país. Adriana Moysés destaca a posição de um coletivo feminista francês que questiona a possibilidade da lei prejudicar ainda mais o acesso das mulheres ao mercado de trabalho.

O Comitê Olímpico da França divulgou nesta semana as primeiras imagens dos mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Os dois bonecos vermelhos são chamados Phryges e simulam o formato das boinas frígias, ou 'bonnets phrygiens', em homenagem aos chapéus usados tipicamente na Revolução Francesa. Nas redes sociais, os mascotes de Paris 2024 foram comparados comicamente a 'clitóris gigantes', explica Daniella Franco.

Uma matéria do L'Équipe explica que o verde e amarelo se tornaram "símbolo do nacionalismo exacerbado encarnado por Bolsonaro". A reportagem destaca que a um mês da Copa do Mundo é difícil usar a camisa do Brasil sem ser reconhecido como um bolsonarista. Contrário a Neymar, que declarou apoio a Bolsonaro, o atacante Richarlison lamentou que a camisa canarinha esteja perdendo a sua essência.

A partir de terça, deslocamentos entre as regiões ficam proibidos. Missas do domingo de Páscoa estão autorizadas, mas com público limitado dentro das igrejas. Adriana Moysés conta que, mesmo com as restrições, festas clandestinas têm acontecido na França.

A alta autoridade de saúde do país emitiu parecer positivo para a medida. O governo ainda precisa validar a recomendação para que esses profissionais se juntem à força-tarefa contra a pandemia. Menos de 10% da população recebeu a imunização até agora, diz Silvano Mendes.

Adriana Moysés diz que houve 'êxodo' dos parisienses para tentar passar as próximas quatro semanas em outras regiões. Isso é preocupante, porque esses cidadãos podem estar levando o vírus para áreas que ainda estão fora da terceira onda.

Silvano Mendes, da Rádio França Internacional, fala sobre o caso de uma adolescente de 14 anos que foi espancada e jogada no Rio Sena por dois colegas de turma. Eles foram detidos e confessaram o crime, sem demonstrar arrependimento.

Com a chegada de novas doses, uma centena de postos de imunização ficarão abertos na região de Île-de-France em todo o fim de semana para receber idosos acima de 75 anos e pessoas acima de 50 anos com comorbidades. Adriana Moysés também comenta disputa política de médicos que querem escolher qual vacina tomar com o governo.

A prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, já se posiciona abertamente como futura candidata à presidência do país, em 2022. Ela defende um confinamento total de três semanas na cidade, o que vai na contramão do governo federal. Silvano Mendes detalha o cenário atual da França em meio à pandemia de Covid-19.

Todo adulto que tiver uma relação com um adolescente menor de 15 anos não poderá alegar consentimento. A pena, que já era rígida, não vai mudar. Esse é o tema do comentário de Adriana Moysés, que também destaca como esse tema não estava na legislação francesa anteriormente.

A plataforma online e por telefone tem o objetivo de ajudar vítimas de discriminação de vários tipos: étnica, religiosa, de gênero, idade, aparência... Silvano Mendes explica que a lei reconhece 23 formas de preconceito no país - até por opinião política. 'O problema é que nem sempre essa lista é levada a sério, por falta de denúncias ou dificuldade de provar os delitos', conta.

Adriana Moysés criticou a forma como o país está lidando com a pandemia do novo coronavírus. A campanha de vacinação está atrasada e apenas cerca de 2,5% da população foi vacinada até agora. 'Os franceses sabem que vão demorar muito para deixar as consequências da pandemia para trás', diz a comentarista.

Adriana Moysés conta que um livro lançado na França esse ano mobilizou uma grande campanha nas redes sociais. ‘La familia grande’, de Camille Kouchner, revela abusos que seu irmão gêmeo sofreu pelo seu padrasto. O livro deu início ao movimento #MeTooInceste, onde muitas pessoas passaram a relatar que foram vítimas de parentes.

Jornais da Europa comentam situação do Amazonas, que vive um colapso na Saúde. Silvano Mendes ainda conta sobre as novas regras impostas na França para tentar conter o avanço da pandemia no país. Toque de recolher vai ser adotado a partir de sábado de seis da tarde às seis da manhã.

Após receber críticas pela demora, o governo francês anunciou que pretende imunizar um milhão de pessoas contra a Covid-19 até o final de janeiro. Grupo prioritário inclui idosos em casas de repouso, cuidadores, profissionais de hospitais e bombeiros com mais de 50 anos. Adriana Moysés conta também que a campanha de vacinação foi 'totalmente politizada' no país.

Adriana Moysés fala sobre o clima na capital francesa para a festa: a população correu para as compras de última hora e, em geral, não deixou de preparar os pratos tradicionais do período. Houve reuniões de famílias numerosas, apesar da recomendação do governo para juntar apenas seis adultos, no máximo.

Adriana Moysés fala sobre a vacinação contra Covid-19 na França, que deve começar no dia 27 de dezembro. O primeiro grupo a ser vacinado serão os idosos que vivem em casas de repouso e seus cuidadores. Entretanto, entre os cuidadores, 79% não pretendem tomar a vacina. Comentarista destaca que o movimento anti-vacina se expandiu na França de maneira intensa e que o desafio do governo hoje é conseguir alcançar a taxa mínima de imunidade coletiva, para proteger a população.

Adriana Moysés destaca que muitas coisas mudaram, em uma boa direção, mas ainda há muito o que fazer. Houve uma conscientização sobre gravidade das mudanças climáticas e mudança do comportamento individual. Mas o que ainda está abaixo das expectativas é a questão das políticas públicas para reduzir emissão de gases de efeito estufa.

Adriana Moysés fala sobre as medidas de restrição que estão sendo adotadas em países europeus para conter a pandemia de Covid-19. Na França, a recomendação é que reuniões no Natal sejam com, no máximo, seis adultos. A maioria dos países europeus tem adotado medidas parecidas, com restrições de seis a 10 pessoas. E em alguns desses países, existem multas previstas.