Imagem E Semelhança: A Antropologia De Gregório De Nissa No De Hominis Opificio

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Sinopse

No período de expansão do cristianismo, S. Gregório de Nissa teve grande destaque no oriente cristão (c. 335-394). Considerado como filósofo, teólogo, místico e exegeta, o bispo de Nissa sintetizou harmonicamente na mais filosófica de suas obras, o De hominis opificio (A criação do homem), o ensinamento bíblico e o pensamento de grandes nomes da cultura filosófica, tais como Platão, Aristóteles, Posidônio, Cícero, Orígenes, Fílon, Plotino, Porfírio e Galeno. Desse modo, o Nisseno realiza a "explicação das coisas escondidas", dedicando-se aos temas que apaixonaram o pensamento antigo: o homem, o universo, a imortalidade e o mal.
Imagem e Semelhança aborda o tema central do De hominis opificio, chamado de "problema antropológico", que trata do seguinte dilema: Deus é eterno, simples, imutável, e sem forma humana, ao passo que nos seres humanos engendrados há composição, mudança e diferenças sexuais. Assim, como poderia o homem ter sido criado à imagem e semelhança de Deus (cf. Gênesis 1, 27-28)? Surge assim, uma angustiosa questão oriunda da tradição filosófica grega: "o que é o homem?".
O presente livro esclarece o modo como Gregório de Nissa resolve essa dificuldade, quando, em primeiro lugar, faz referência às características únicas da alma humana em nosso mundo, que são a razão e a imortalidade, as quais permitem somente ao ser humano ser plasmado à imagem e semelhança do Ser Supremo.
A seguir, a ontologia humana é classificada como meio-limítrofe (mésoV-meqórioV) entre as realidades sensível e inteligível. Surge assim, explicada na parte final do livro, a teoria da "dupla criação" do homem, intemporal e histórica ao mesmo tempo, mediada pela natureza totalmente divina e humana do Cristo-lógos, considerado como a perfeita imagem de Deus-Pai.