Machado macabro: o lado obscuro do imortal brasileiro

Machado de Assis, um dos mais renomados escritores brasileiros do século XIX e início do século XX, é conhecido tradicionalmente por suas obras voltadas para o realismo, se estabelecendo no imaginário popular como um clássico da literatura brasileira. Entretanto, o imortal brasileiro também dedicou seu tempo explorando temas relacionados ao horror e ao suspense, resultando em uma narrativa mais sombria e na criação de atmosferas nebulosas que desafiam as expectativas do leitor, além de provocar reflexões sobre a natureza e as complexidades da existência humana.

Em “Machado macabro” temos um vislumbre desse lado do autor de Dom Casmurro, mergulhando na atmosfera sádica de “A causa secreta”, no encontro entre o canibalismo e a paranoia em “A vida eterna”, e no lúdico e fantástico “O imortal”. Passamos pelo drama interno em “Pai contra mãe”, o suspense de “A cartomante” e chegamos ao horripilante “Um esqueleto”, esbarrando na mistura de delírio e vingança em “Sem olhos”. O leitor também se depara com inquietante e aclamado “O corvo” de Edgar Allan Poe, traduzido pelo imortal brasileiro.