O Brinco Do Baptista

No sexto e último episódio do dossier sobre o Racismo em Portugal e no mundo, o Brinco do Baptista recebe o ativista Mamadou Ba, figura de destaque na luta antirracista e uma das principais caras da SOS Racismo. Da necessidade de repensar o ensino de História ao  lugar de fala, da impotência política do Estado às forças segurança, este episódio procura dar um olhar cru da situação atual e do que devemos fazer para tornar Portugal um país onde o lema "todos diferentes, todos iguais" seja real.

No quinto episódio do dossier sobre o Racismo em Portugal e no mundo discutem-se as consequências indiretas do lusotropicalismo na perceção do racismo. A carreira e vida pessoal do baterista Ivo Costa  são um excelente exemplo de como a herança goesa marca a vivência individual e como a música pode aproximar diferentes sem perder a essência.

O quarto episódio do dossier sobre o Racismo em Portugal e no mundo aborda a vida do Bairro. Daniel Miranda explica-nos que o bairro é uma entidade orgânica que resulta e define os seus habitantes. Mais do que uma ilha invisível ou uma terra de ninguém, o Bairro Terras da Costa faz-se das histórias individuais e colectivas sempre marcadas pela pobreza, segregação e esquecimento. Todavia, nem por isso deixa de haver espaço para a esperança de um amanhã melhor.

O Brinco do Baptista recebe Joana Gorjão Henriques no quarto episódio do dossier sobre o Racismo em Portugal e no mundo. O "país dos brancos costumes" tem uma polícia com dois pesos e duas medidas; uma justiça desequilibrada; uma lei da nacionalidade nefasta; e nem sempre o jornalismo consegue compensar a falta de voz de tanta gente. Os artigos da Joana tentam mudar algo na forma como o país vê o racismo mas a luta tem de ser de todos nós.

No segundo episódio do dossier sobre o Racismo em Portugal e no mundo, Blessing Lumueno aborda o futebol como potencial ferramenta de adaptação social. O jovem treinador fala ainda da existência de expressões de cariz racista que são repetidas no comentário futebolístico, bem como da importância social dos clubes na integração das comunidades mais vulneráveis, como o caso do Estoril Praia

O Brinco do Baptista inicia o dossier sobre o Racismo em Portugal e no mundo com Carlos Pereira e Airton Monteiro. A afirmação "Portugal é um país racista" tem sido discutida por muitos mas faltam gestos que mostrem que se está a fazer algo para combater o problema. Do ativismo-performance à histórica responsabilidade branca, discute-se o presente e o futuro de um país que quer ser verdadeiramente cosmopolita.

"Zadok the Priest" não é a alcunha da próxima grande vedeta do futebol europeu, é mesmo a música que serviu de base ao Hino da Liga dos Campeões Europeus. Aos primeiros acordes deste tema vem aquele nervosismo de quem sabe que falta pouco para rolar a bola na mais conceituada competição de clubes. Porém, o caminho até à concretização da Champions League foi longo e complicado, e o jornalista Miguel Lourenço Pereira junta-se ao Brinco do Baptista para desvendar alguns dos segredos e histórias menos conhecidas das grandes noites europeias.

Ainda será possível estudar a anatomia de uma derrota que continua a marcar o Brasil 70 anos depois? O jornalista Bruno Rodrigues junta-se ao Brinco para escalpelizar o que aconteceu no Maracanazo naquele dia e como jogadores como o guarda-redes Barbosa cumpriram pena o resto da sua vida. Uma conversa que passa pelo anti-herói que é o "goleiro", pelo racismo no futebol brasileiro e de como aquele jogo também era um momento político, com uma esperada exaltação de uma nação-futebol.

Neste episódio embarcamos num Trabant e vamos para lá da célebre Cortina de Ferro, guiados pelo José Milhazes do podcast futebolístico. Joel Amorim, incorrigível apaixonado por futebol e pela cultura de Leste, explica-nos o cubo de Rubik que é o Dynamo de Dresden. O clube desceu novamente à 3.Bundesliga mas, mesmo assim, reuniu milhares de adeptos no seu último jogo, numa demonstração de grande amor. Uma viagem com alguma "Ostalgie" à RDA, ao historial de competições que já não existem, e ao delicado processo de reunificação alemã.

A 22 de junho de 1969 joga-se a final da Taça de Portugal entre a Associação Académica de Coimbra e o Sport Lisboa e Benfica. Este jogo foi verdadeiramente histórico e durante mais de 90 minutos fez-se liberdade. O Estado Novo teve medo dos estudantes e não houve transmissão televisiva nem o Presidente da República entregou a taça. O realizador do documentário Futebol de Causas, Ricardo Martins; o antigo treinador da AAC, Dr Francisco Andrade; Toni, enquanto antigo jogador de ambos as equipas; e Dr Alberto Martins, figura principal da Associação Académica durante a crise de 1969, juntam-se ao Brinco para provar que futebol é muito mais do que um jogo e que há sempre liberdade enquanto não deixarmos de lutar.

What about aquela vez em que o Vasco Mendonça foi ao Brinco do Baptista e falou do Sport Lisboa e Benfica? Maior transparência na gestão financeira, definição da moral nas acções do clube, mistérios da política desportiva, planos de marketing mais ou menos ambiciosos, candidatos à presidência, história do Benfica ou futuro do emblema foram alguns dos temas que foram a jogo em mais um episódio pintado a vermelho.

Um prato instagramável, um superalimento e uma dieta do signo entram num podcast e saem de barriga vazia. A nutricionista Helena Trigueiro junta-se ao Brinco para explicar o que é uma dieta saudável, uma adequada política alimentar, a importância de uma nutricionista num clube e na carreira de um atleta e muito mais. Foi uma conversa de falar e chorar por mais

Era uma vez... uma criança e uma bola no meio do relvado. Todos os contos do Eduardo Galeano podiam começar assim, contudo, no Dia Mundial da Criança, a história do Fabricante de Chapéus oferece-nos antes uma lição inesquecível.  A atriz Márcia Pacheco, do podcast Histórias da Bola para Adormecer, junta-se ao Brinco do Baptista para falar desse grande teatro que é o futebol e desse grande desafio que é ser artista. Entre apaixonantes viagens à infância e estádios míticos ou entre palcos vazios e gabinetes estéreis, ninguém se deixa dormir com estas histórias de bola porque este jogo é tudo.

O adepto português não é um normal supporter, hincha, torcedor, supporteur, fussballfan, tifoso. Em Portugal, o adepto tem de fazer quilómetros nas estradas para chegar a estádios sem condições e ver jogos fora de horas a preços ultrajantes. É uma coisa de malucos e talvez seja por isso que os malucos pelo jogo e pelo clube tenham de ser identificados como tal. O cartão de adepto não resultou nos outros países, mas a Liga Portuguesa e o IPDJ acham que o futuro da indústria passa por aí. Martha Gens, da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto, e Sérgio Caetano, dos Diabos Vermelhos, juntam-se ao Brinco para explicar e discutir a lei que vai mudar as nossas idas à bola porque a luta de muitos anos precisa de reforços mais do que nunca. Não podemos desistir!

2001/02: Sporting campeão; Belenenses, Beira-Mar, Salgueiros, União de Leiria e Farense na primeira divisão. 18 anos depois tudo mudou. Ou quase tudo, porque o histórico Sporting Clube Farense está de volta à primeira liga. António Querido junta-se ao Brinco para contar como os South Side Boys foram o vento de Sul que conseguiu empurrar o clube algarvio de volta ao principal palco. O jornalista Rui Viegas, outro apaixonado pelo Farense, junta-se ainda para contar alguns pormaiores desta equipa fascinante. Um episódio que não acaba sem uma viagem ao mundo ultra em Portugal.

Diz o provérbio popular que “de médico e louco todo o mundo tem um pouco”. Mas neste episódio não queremos fazer um elogio da loucura, pelo contrário, a psicóloga Luana Cunha Ferreira junta-se à conversa para explicar como é fundamental cuidar da saúde mental de cada um. Se, como diz Luana, cada casal é um planeta,  e tem as características únicas, as famílias também têm o seu próprio ecossistema e é vital protegermo-nos hoje para garantir o amanhã, sobretudo no contexto da pandemia do Covid19. Este delicado equilíbrio psicológico é mais patente nos atletas profissionais que se viram arrastados para um pouco admirável mundo novo. É, por isso, importante compreender como pode a sociedade apoiar psicologicamente os cidadãos, e o mundo do futebol os seus jogadores enquanto todos nós esperamos que o jogo volte à normalidade possível.

Da Inglaterra Vitoriana ao café da esquina, dos jogadores aliciados de clubes na penúria ao frequentador de casino, o jogo está em todo o lado. Francisco Pombo, qual Alexei Ivánovitch, junta-se ao Brinco para lançar uns dados sobre o mundo do jogo legal e ilegal em Portugal. Wilson Raj Perumal, o inimigo nº1 do futebol, disse um dia que “o futebol arrisca-se a tornar-se uma espécie de wrestling, com tudo encenado”, Luís Delgado e Pedro Campos entram em jogo para compreender-se o real risco das mafias de apostas num país como Portugal, em que os clubes estão mais vulneráveis do que nunca. Em suma, apostas no vermelho?

Não há bola. Não há público no estádios nem jogos novos na TV, os jogadores contam os dias para voltar a treinar, enquanto os clubes contam os trocos. É óbvio para todos que o futebol tem pela frente o seu maior desafio. O antigo jogador internacional e atual economista, Diogo Luís ajuda-nos a compreender como o futebol português tem de aproveitar este cenário para se repensar e reorganizar. É verdade que as estruturas desportivas portuguesas estão demasiado afastadas das suas comunidades locais e a gestão precisa de se modernizar antes que os clubes morram de indigestão, mas a mensagem é clara: ainda vamos a tempo de ter mais e melhor futebol. Como? Oiçam, oiçam.

São músicas com milhões de visualizações no Youtube, são trabalhadores que chegam aos nossos empregos muito antes de nós, são miúdos que lutam pela vitória no jogo como se o futuro dependesse disso, a cidade invisível existiu sempre à nossa frente, só que nunca a vimos antes. António Brito Guterres junta-se ao Brinco do Baptista para desvendar um pouco dessa outra Lisboa, ou de outras cidades, que empurra tantas pessoas para fora do centro. Dos TWA aos Buraka, do Chullage ao Dino, a música é talvez a face mais conhecida de tantos rostos que não podemos ignorar.

O investigador e jornalista Irlan Simões entra sempre em campo com uma jogada em mente: explicar a todos como é a cultura de bancada brasileira e de que forma ela se tem alterado nos últimos anos. Das novas arenas tão impessoais às SADs que esquecem os adeptos, o Brasil de 2020 é discutido e analisado com vários casos práticos. Já na segunda metade do jogo, o jornalista e autor Sérgio Rodrigues sobe ao gramado para falar-nos do seu livro, O Drible, mas também de Bolsonaro e de que forma a resposta deste ao COVID19 está a mexer com o Brasil.