Momento Da Política - Merval Pereira

Merval Pereira fala sobre novo depoimento de Mauro Cid para esclarecer áudios em que ele ataca à Polícia Federal e o ministro do STF, Alexandre de Moraes, conteúdo que foi divulgado pela revista Veja. Cid pode perder o benefício da delação premiada. Comentarista destaca que Mauro Cid, nas gravações, disse que foi forçado a dizer coisas. ‘Toda vez que se investiga coisas que envolvem políticos importantes, empresários, no final das contas, o processo é anulado’. Ele acrescenta que, no Brasil, hoje, não há segurança jurídica. ‘Aqui as coisas nunca têm um final’.

Merval Pereira faz uma análise de dois casos que estão mobilizando a atenção: o caso Robinho e o caso Daniel Alves. Os dois são acusados de estupro. A Justiça brasileira, no caso Robinho, está marcando um contraponto em relação à Justiça espanhola, que permitiu o pagamento de fiança para a liberação do ex-jogador e acompanhar o restante do processo em liberdade. ‘Justiça brasileira marcou posição diante de um crime que, no Brasil, é considerado hediondo’.

Merval Pereira faz uma análise da homologação da delação Ronnie Lessa pelo STF acusado pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. ‘O fato do Supremo ter avalizado a delação de Ronie Lessa, significa que ele deu as informações corretas e foi possível confirmá-las’. Comentarista destaca que é uma questão de tempo para confirmar o nome do político com foro privilegiado envolvido no caso.

Merval Pereira fala sobre o indiciamento de Bolsonaro por falsificação de certificado de vacinação. A PF tem a informação de que foi o próprio ex-presidente que deu a ordem. Isso apareceu na delação do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. ‘A intenção de Bolsonaro foi ludibriar a exigência de vacina’. Merval destaca que esse crime pode levar ele a uma prisão com pena de 5 anos de detenção. ‘Um absurdo que um presidente da República faça esse tipo de coisa, ainda mais com a própria família. Realmente, inacreditável’.

Merval Pereira repercute a primeira reunião ministerial do ano, em meio a uma piora da avaliação do governo Lula. Segundo o comentarista, o presidente não faz uma análise aprofundada do problema. 'Ele continua querendo fazer um contraponto ao bolsonarismo e chamando atenção para a disputa entre os dois lados. E este é o problema', analisa.

No 'Momento da Política', Merval Pereira discute fuga de presos em Mossoró, apontando falhas no sistema prisional e a necessidade de enfrentar os desafios da segurança pública de forma mais eficaz, incluindo a cooperação internacional.

Merval Pereira.fala sobre o relatório da PEC das Drogas que deve ser aprovado na CCJ do Senado. Pelo texto, passa a ser crime o porte e a posse de qualquer quantidade de entorpecente. ‘É uma disputa de posições ideológicas distintas’. O Congresso é conservador. Não tem maioria para acompanhar a posição progressista do Supremo. Esse embate é inevitável. Comentarista acha que a questão devia ser tratada pelo Congresso.

Merval Pereira fala sobre a questão envolvendo a Petrobras e o governo Lula. ‘Uma atitude que o governo petista já tinha, de achar que a Petrobras é uma estatal como outra qualquer, que ele pode definir as regras’. Comentarista acrescenta que 'Lula parece que não entende'. Merval explica que o petróleo é uma commodietes que tende a desaparecer. ‘Lula está retrogrado na questão da energia e tem uma visão errada da Petrobras. A Petrobras tem que investir fora do petróleo, virar uma empresa de energia renovável. O Brasil tem tudo para fazer isso. Ser líder no setor’.

Merval Pereira fala sobre a discussão envolvendo o fim da reeleição para cargos no Executivo. A iniciativa tem a oposição de Lula. ‘É um movimento, dentre vários outros, para esvaziar o Poder do Executivo’. Comentarista destaca que essa não é uma discussão prioritária. O tema só está em pauta porque o Congresso está em batalha para se fortalecer e enfraquecer o Executivo. ‘Mais um movimento político que não sei se vai adiante’.

Merval Pereira fala sobre o STF e o Senado em direções diferentes sobre proibição para porte e posse de droga. ‘Esse é um caso típico de conflito entre Poderes’. Merval explica que a legislação deveria ser do Congresso. O Supremo só deveria entrar nessas discussões quando fosse chamado e, também, quando houvesse vácuo de poder. Comentarista destaca que o STF não deveria correr com a decisão, deveria deixar o Congresso se manifestar.